Reino do Oculto


Aleister Crowley
Este foi um controverso ocultista britânico, fundamentalmente conhecido pelo tarô que chama pelo seu nome. Mas muito mais que isso, Aleister foi o fundador da doutrina de Thelema. Conheceu Fernando Pessoa, comumente reconhecido como brilhante poeta, contudo outro grande astrólogo e ocultista.O trabalho de Crowley influenciou Paulo Coelho. Edward Alexander Crowley nasceu quase à meia-noite do dia 12 de outubro de 1875, em Warwickshire, Inglaterra, filho de um rico cervejeiro, membro fervoroso de uma seita cristã, das mais puritanas e que impunha á família toda a austeridade e o rigor de uma educação fundamentalmente religiosa. Aos quatro anos, Crowley lia a Bíblia e aos seis, era um exímio jogador de xadrez. Ingressou no Trinity College, onde aprendeu hebraico, grego e latim, demonstrando um elevado intelecto. Na mesma época, começou a interessar-se por ocultismo. Abandonou o colégio em 1898, ano em que foi admitido na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, onde foi iniciado em Magia Cerimonial e Cabala. Aleister publicou entretanto vários textos e poemas que foram considerados ofensivos e pornográficos. Essas publicações escandalosas, a sua vida sexual publicamente desregrada e a inveja provocado pela sua rápida ascensão da Aurora Dourada valeram-lhe muitos conflitos, antipatias e conflitos pessoais. Aleister adquiriu um apartamento em Londres usando o nome de Conde Vladmir Svaref, onde construiu um Templo. Diz a lenda, que certa noite, no Templo Negro, Aleister , envergando trajes cerimoniais, invocou espíritos utilizando o pentagrama mágico com seu círculo traçado no chão.Dizem que 316 demônios apareceram a Aleister. De todos os livros que entranto escreveu até 1911, destacou-se o Liber 333, que impressionou o líder da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), na Alemanha, ordem que se auto-proclamava legítima herdeira dos Cavaleiros Templários. Crowley foi nomeado representante da OrdoTempli Orientis para os países de língua inglesa. Em 1920, fundou a Abadia de Thelema, na localidade de Cefalu, na Sicília, Itália. Em breve, suspeitas de atividades escandalosas e boatos sobre missas negras e orgias de sangue levaram a sua expulsão do local, por Mussolini, em 1923. Crowley não só envolveu-se com mulheres, mas também com diversos homens. Viveu com um dos seus colegas de universidade uma relação que ele mesmo reconheceu ser similar à de "marido e esposa", mas acabou optando pelo caminho da busca do conhecimento mágico em detrimento da amizade em questão. O envolvimento de Crowley com drogas deu-se, a princípio, por conta do consumo de morfina para fins terapêuticos, uma vez que ele sofria de asma. Incentivado por Alan Bennett passou a utilizar drogas para finalidades ritualísticas, uma dependência que apenas no fim da sua vida acabou por superar. Outro aspecto marcante de sua biografia refere-se à vida sentimental. Na sua vida existiram duas esposas oficiais e muitas amantes, as chamadas mulheres escarlates, todas elas parceiras de Crowley e sacerdotizas nas suas operações mágicas. Crowley utilizava as mulheres como médiuns, como ponte entre este mundo e o mundo dos espiritos. Dos seus filhos, somente a primeira, do primeiro casamento, sobreviveu. O seu nome era Nuit Ma Ahathoor Hecate Sappho Jezebel Lilith Crowley, um panteão que reúne alegorias representativas de Justiça, Amor, Beleza, Face Negra da Lua, Poetisa, Adoradora de Ba'al e Rainha dos Demônios e dos Mundos Infernais. Quando Crowley morreu, Lilith recusou o legado literário ocultista de seu pai. Entre outros epítetos, todos auto-atribuídos, Crowley foi chamado: Perdurabo (em latim, "Eu perdurarei até o fim"), Parzival, Baphomet , Deus est Homo, "O mago das mil faces", "A Grande Besta", ou ainda, como queriam seus detratores, "O homem mais perverso do mundo". De acordo com a filosofia thelêmica de Aleister, o ser humano possui uma condição divina, condição da qual foi afastado. Os gnósticos defendem que o homem foi afastado dessa condição pela encarnação, ou seja, desde o momento em que o homem foi forçado a encarnar num corpo físico. Ao contrário, Crowlley defende que o homem apenas foi afastado dessa condição por via da não-conscientização dessa natureza. Essa falta de consciência seria mantida por uma série de condicionalismos inibidores, dentre os quais podem-se citar o conceito de pecado enquanto restrição artificial dos impulsos naturais. Assim, cabia ao ser humano caminhar num processo de profunda auto-consciência, ate entrar em contacto com o mundo divino e assim reassumir a sua verdadeira natureza.Segundo Crowley um dos caminhos desta busca pelo auto-conhecimento passava pela experimentação dos próprios limites. Mas essa experimentação, que por muitos podia ser vista como mera libertinagem ou imoralidade Para Crowley, a Magia é "a arte e a ciência de causar Mudanças com o Desejo."




Fontes:http://magiadesimmons.blogspot.com

Categories:

Leave a Reply

Se você possui algo interessante a dizer...